Tempo, tempo, mano velho!

Fim de semana acabou, hora de voltar a escrever!
Tanta coisa na cabeca, nem sei por onde comecar!

Ah, antes de mais nada, um agradecimento especial: BRENNO! Criador do nome deste blog e queridissimo! Queridissimo sim, por que nao? Beijos milhoes, pitelzao!!!

Passei boa parte do sabado com Marina - austriaca porreta. Fomos ao cinema (programa de menininha como diz a Re) e depois baladinha forte pra fechar bem a noite! BURAKA SOM SISTEMA @ Mezzanine. Bem bom, viu! Recomendo! Galera de Portugal, tocam samba+funk carioca. Me esbaldei!
Mas nao eh soh de balada forte que vive a Au Pair. Entre o cineminha e a baladinha, papo cabeca com a Marina. Desabafos, revelacoes, declaracoes...

Marina tem 25 anos, veio da Austria para SFO ha 1 ano e meio e deixou pra tras um excelente emprego. Um dia acordou e viu que aquela nao era a vida que ela queria. Precisava de mais - nos identificamos muito nesse ponto, talvez por isso nos tornamos amigas tao depressa. Tudo muito bom, tudo muito bem... Mas em agosto ela deve voltar para a Austria, ou melhor, ela deve deixar os EUA. E ela esta completamente perdida. Nao sabe o que fazer quando voltar para seu paihs. Mais uma vez nos identificamos!

Quando paramos pra pensar no que temos, no que fizemos de nossas vidas bate um desespero. Bom, eu e Marina estamos meio desesperadas. E confusas. Nossos velhos mundos nos parecem tao pequenos, tao restritos. Nossos amigos estao formando, se casando, tendo filhos, trabalhando... E nos estamos pensando, esperando... Marina me disse que sente uma invejinha de seus amigos casados. Mas ela nao pensou que talvez eles sintam inveja dela. Nova, inteligente, morando no exterior, vivendo momentos que ela vai guardar pelo resto da vida. Nao concordo que ter uma familia eh ter tudo. Cada um escolhe a forma como quer levar sua vida. Eles escolheram uma familia. Nos escolhemos um intercambio.
'Nova'. Somos novas, mas nao nos sentimos como tal. Um amigo meu me disse que voce eh uma crianca ate ter as suas criancas. Nao me sinto crianca. Flutuo entre me sentir velha e me sentir nova demais. Meu host se formou com 35 anos. Teve seu primeiro filho aos 44. E eh uma das pessoas mais felizes e realizadas que eu ja conheci. Mais uma vez, escolhas.
Penso que a vida segue seu proprio curso, independente de voce. Independente das burradas que voce faca ou deixe de fazer. Penso que estou aqui, aos 25 anos, por um motivo. Que tudo acontece na hora certa e do jeito que tem que ser.
Aih flutuo de novo: sera que eu acredito mesmo em todo esse 'papo auto-ajuda'? Sera que estou apenas buscando consolo? Uma mentira dita mil vezes se torna verdade?

Sinceramente, eu nao sei. Nao sei mais o que quero da minha vida. Nao sei mais aonde a vida vai me levar em 1 ano e meio. Mas eu sei muito bem o que eu NAO quero e conversando com Marina cheguei a outra conclusao: I don't give a damn! - To nem aih! Vou aproveitar cada momento dessa vida que eu estou vivendo agora. Nao vou pensar demais, vou me jogar! Ate agora tem dado certo...
Soh nao quero acordar um dia e perceber que tudo o que fiz na minha vida foi esperar, pensar, planejar.

Quero poder sentar com a Renata, cercada por nossos bichos de estimacao, com uma taca de algum vinho carissimo, e lembrar de todas as loucuras vividas, das noites fugidas, dos amores perdidos, das merdas feitas... Lembrar dos tempos em que nao tinhamos nada na cabeca nem no bolso, mas com o coracao cheio de esperanca, amor e alegria. E pensar que o importante eh ter historias pra contar pros netos...


**** Dedico este post a minha florzinha Renatinha. Tim-tim, parceira!